domingo, 7 de junho de 2009

"A percepção e a relação com o outro também dependem de uma busca de completariedade, porque aquilo que é perfeito não pode se relacionar. Por isso que o professor Junito Brandão sempre lembrava em suas palestras que Apolo era o deus que sempre se dava mal no amor, como no caso de Dafne, que se transformou num loureiro para fugir dele, e de Cassandra, que se negou a amá-lo. Mas o que haveria de "errado"com Apolo? Exatamente isso, ele era o mais perfeito dos deuses em todos os sentidos, o mais belo, o deus das artes e o musagetes, o condutor das musas. O deus grego mais amado era Dionisio, o lascivo deus do vinho, que pode ser considerado o oposto de Apolo. Lembro-me de um professor do instituto Jung de Zurique, Dieter Baumann, que costumava dizer: "As mulheres nos amam por nossas imperfeições.""
Carlos Alberto Corrêa Salles

2 comentários:

  1. Não sei se concordo, mas, sei que me fez pensar, em algo que eu ainda não tinha pensado.

    ResponderExcluir
  2. Mitos, lendas e fábulas estão sempre assim, por aí. Conforme o tempo, lendas são criadas e histórias inventadas, e velhos mitos são isso, mitos. Se quisermos acreditar neles, acreditemos, mas eu ainda acho que Apolo poderá se vangloriar do amor um dia, basta reinventar o mito do amor

    ResponderExcluir